segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

quando o verão incomoda



O verão, de alguma maneira, me incomoda. E fiz a ponderação por comparação. Confesso!

Algo de semelhante entre o verão passado e este verão se impôs. Logo depois do carnaval do ano passado realizei que vivi os pulsantes meses do verão numa enorme euforia. Algo que sempre paira no ar em início de ano. Muito calor, pouca vontade de trabalhar, substituição dos deveres pelos prazeres e uma profunda abstração da realidade.

É como se no verão não fôssemos. Estamos ali distraídos pelo calor, pelos apelos de nossos desejos momentâneos. A idéia é perder o foco, falar e interagir com o maior número de pessoas possíveis, distrair a mente e beber muita, muita cerveja...

Meu poder de negação ainda não é tão grande a ponto de dizer que não me divirto com tais delícias e prazeres mundanos. Mas o fato é que esse oba oba vem se tornando uma exaustão. O corpo cansa, a cabeça se confunde, os objetivos algumas vezes se frustram.

E como a máxima da minha vida tem sido sempre tentar um caminho alternativo, diferente, nesse verão resolvi ponderar, mesmo ainda caindo algumas vezes no mesmo ciclo. É como se andasse 3 passos pra frente e 2 pra trás. Como empurrando um carro na ladeira. Não é que ele não chegará ao topo, mas tem que ter uma baita paciência e persistência.

Com tudo isso na cabeça e, por muitas vezes, com uma saudade danada de certas rotinas e disciplinas, resolvi tentar o diferente. Projetos em andamento, treinamento para correr maratona (e realmente acreditando que isso vai me levar a algum lugar... risos) e muita vontade de me manter serena e mais caseira.

O desafio tem sido quase impossível. Muitas fugas no trabalho neste novo vício que se chama facebook... Mas pra uma pessoa que vive sem TV e telefone em casa, tenho certeza que é uma questão de tempo. As mil saídas, mil choppinhos e mil encontros amigos podem ser abrandados com algumas concessões. Fato!

Enfim, a blogueira espera de verdade ganhar essa dose de sobriedade. Tem gente que acha careta e, até mesmo, como parte não integrante de minha natureza... Mas há tempos mudei... E persisto em encontrar uma dose de equilíbrio entre a agitação e a calmaria. Assim, a vida parece fluir melhor e sem aquela sensação de dor quando vem a quarta-feira de cinzas.

A opção pela mudança está lançada e com uma vontade profunda de ser alcançada. Já que todos
á minha volta não mudam, faço isso sozinha, mais uma vez.

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