segunda-feira, 17 de maio de 2010

a arte de dar no pé



Pois bem, amiguinhos, aqui estou eu de novo... E procurando algo de interessante para dividir... Ou não!!!

A verdade é que gostaria de dividir algo que tem se mostrado presente na minha vida. A arte de dar no pé... Mas, querida Priscila, o que seria isso?? Explico.

As últimas semanas foram fantásticas para ampliar os meus horizontes (mais do que eles já estão expandidos, acreditem!). E isso tudo porque desde o início do ano que venho num mergulho profundo no mundo da literatura e da música. Não, não é que quero ser cult-bacaninha... É só uma imensa vontade de conhecer coisas novas e sair da rotina...

Questionando dois amigos que se dizem fanáticos por RPG, o por que de tanta dedicação e comprometimento com um jogo (juro que isso, na minha cabeça, parece uma coisa meio impensável, porque adoro as pessoas, as histórias e os lugares. uma coisa assim meio apegada ao mundano, eu diria). E a resposta veio a cavalo: "Priscila, é a fantasia!". Gente, é verdade! No mundo da imaginação, o céu é o limite!! E como é bom poder pensar em coisas idílicas, em acontecimentos perfeitos, em cenas fantásticas onde você é o personagem central da sua própria trama!!

Indo nesse fluxo rumo ao fantástico, resolvi fazer da minha vida uma espécie de filme, ou mesmo um livro... É fácil de entender... Os momentos solitários e de lazer com os amigos seriam o set de filmagem. Mas tudo isso sem roteiro definido... Tudo meio que numa espécie de improvisação. Dessas improvisações cotidianas, sempre rola a trilha sonora do momento, que de forma inexplicável faz um resumo de toda a ambiência e do contexto das cenas vividas. É como estar imersa num grande musical da Broadway. Fantárgico!!

Aí vem as histórias, que podem ser roteirizadas com decisões impulsivas ou pensadas, sempre naquele instante do acontecimento. Mas que depois passam por uma edição fina no dia seguinte, pra ver se vale ou não a pena ser selecionada para o grande enredo final...

Pode parecer conversa de maluco. Eu entendo que vocês podem pensar assim. Mas juro que vivi um momento cinematográfico em minha vida. Aliás, mais de um... Uma centena deles. O último foi no final de semana... Voltei para a festa dos sonhos, no lugar dos sonhos, na casa dos sonhos, no meio de um céu estrelado, de ar fresco, música boa, grama verde e fogueiras a la "As Brumas de Avalon". Um cenário de filme meio Woodstock, ou algo parecido com aquela vila de artistas italiana de "Beleza Roubada".

A noite foi fantástica, mas terminou com a persoagem principal dando no pé. Literalmente! Aí pensei em quantas vezes acabamos fugindo de situações que não queremos que vá para a montagem final de nosso filme. Não digo isso pelo lado negativo da coisa... Mas sim porque muitas vezes não queremos e não estamos preparados para ouvir o que não queremos. E nesse momento, cortamos a cena num ato de impulsividade, deixando o ator coadjuvante sem deixa para o final da cena.

Mas existe algo de bonito nisso. Uma coisa meio noir francesa, silêncios como aqueles que sempre assistimos nos filmes europeus ou iranianos. E tudo isso porque talvez, se a cena de fato desenrolasse, poderia não ter um final tão charmoso. Por isso, amigos, dar no pé, na hora certa, se compara a sétima arte... E tenho dito!!

O mais engraçado é que no caminho de volta do taxi, começo a escutar e cantarolar "Imagine", de John Lennon. Trilha sonora perfeita pra uma sonhadora de carteirinha como eu. Naquele momento, repetindo o verso "you may say i'm a dreamer, but i'm not the only one", realmente acreditei que estava cantando de mãos dadas com todos os sonhadores do Planeta Terra que ainda acreditam na beleza dos gestos, das frases não ditas e das dúzias de cenas de filme que podemos viver cotidianamente. Imagina???

É amigos, tenho que concordar com meus amigos "errepegeanos": a imaginação é melhor do que a realidade. O que seria de nós sem ela??

Mas enfim, chega de filosofia barata!!! Vamos curtir um som muito bom... "Garbage", com a música tema desse post "Run, baby, run".

Tenho que ir!

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